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Hérnia de disco é uma condição comum que afeta a coluna vertebral, causando dor e desconforto significativos. Na maior parte dos casos, os sintomas desaparecem espontaneamente. Nos demais, o tratamento, prescrito preferencialmente por um médico especialista em coluna, se faz necessário para aliviar os sintomas.
A hérnia de disco ou hérnia discal é uma condição que ocorre quando o núcleo gelatinoso de um disco intervertebral se projeta através de uma fissura na camada externa do disco, comprimindo nervos próximos.
Ficou confuso, não é? Calma! Você já vai entender.
A coluna vertebral humana é formada por 33 estruturas ósseas, chamadas vértebras, e por discos, também conhecidos como discos intervertebrais.
Além de ser o eixo de sustentação de todo o corpo, a coluna abriga e protege a medula espinhal, conjunto de nervos que nasce no cérebro e segue em direção aos membros inferiores.
O disco intervertebral fica localizado entre duas vértebras.
O disco intervertebral tem a função de absorver o impacto entre as vértebras quando o corpo se movimenta, e permitir a flexibilidade da coluna. Ele funciona como um colchão. E o que permite exercer este papel é sua estrutura.
O disco é composto pelo núcleo pulposo e pelo ânulo fibroso.
O núcleo pulposo fica localizado no centro do disco, e é composto por material gelatinoso e água.
O ânulo fibroso é composto por paredes concêntricas, cartilaginosas. Esta estrutura fornece resistência e mantém o núcleo pulposo no lugar.
Com o envelhecimento, os discos intervertebrais começam a perder água e elasticidade, tornando-se menos flexíveis e mais propensos a fissuras. Esse processo é conhecido como discopatia degenerativa.
Nestas condições, a hérnia de disco pode se formar.
Agora, ficou mais fácil entender o que é a hérnia de disco, certo?
A hérnia de disco se forma quando o núcleo pulposo se projeta através de uma fissura ou ruptura no ânulo fibroso. Esse processo pode ser dividido em fases.
Núcleo central contido pela ânulo fibroso.
Raízes nervosas e canal central na porção posterior.
Aqui se iniciam as protrusões, após uma fissura no ânulo fibroso, que retém o núcleo pulposo.
À medida que o ânulo fibroso enfraquece, o núcleo pulposo pode começar a se projetar para fora. Pode causar compressão das raízes nervosas próximas, resultando em dor e outros sintomas.
Nesta situação, já existe a hérnia, contida ainda pelo ligamento posterior (hérnias protrusas).
Se a pressão continuar, o núcleo pulposo pode romper completamente o ânulo fibroso, extravasando para o canal vertebral. Pode causar compressão significativa dos nervos, levando a sintomas mais graves.
Neste exemplo, a herniação do núcleo rompeu o ligamento por completo, caracterizando uma extrusão discal (hérnia extrusa).
Fig. 1 e 2: Rupturas discais interna
Fig. 3: Extrusão discal
Ela pode ocorrer em qualquer parte da coluna vertebral:
Hérnias de disco nas regiões cervical e lombar são mais comuns devido à maior mobilidade e carga suportada por essas áreas.
Os sintomas da hérnia de disco variam dependendo da localização e da gravidade da compressão nervosa. Os sintomas mais comuns incluem:
As principais causas incluem:
O diagnóstico da hérnia de disco é feito por meio de:
Uma vez formada a hérnia, o disco não volta ao estado anterior à sua formação. Por isso, considera-se que hérnia de disco não tem cura. No entanto, dependendo da gravidade da hérnia, os sintomas podem desaparecer naturalmente ou com tratamentos.
No artigo Hérnia de disco tem cura?, estes pontos são tratados com mais detalhes.
Os tratamentos para hérnia de disco variam amplamente dependendo da gravidade dos sintomas, da localização da hérnia e da resposta do paciente às terapias iniciais. A abordagem pode incluir desde tratamentos conservadores até intervenções cirúrgicas.
Não. A hérnia de disco, por si só, raramente é uma condição que leva à morte. No entanto, em casos extremamente raros e graves, complicações associadas a uma hérnia de disco podem potencialmente causar problemas de saúde sérios que, se não tratados, podem ser fatais.
Informações adicionais podem ser obtidas no artigo Quando a hérnia de disco é grave?
A duração de uma crise de hérnia de disco pode variar de algumas semanas a meses, dependendo da gravidade e do tratamento adotado.
Na maior parte dos casos, a hérnia de disco não é uma condição considerada grave. Quando isso acontece, o tratamento conservador é suficiente para gerenciar os sintomas, e o paciente pode levar uma vida normal e ativa. Por outro lado, pode haver casos graves, que requerem intervenção médica imediata. A Síndrome da cauda equina é um exemplo. No artigo Quando a hérnia de disco é grave? , são apresentados todos os sintomas e complicações que caracterizam a hérnia de disco grave.
Sim, existe a possibilidade de recorrência da hérnia de disco após a cirurgia (recidiva de hérnia de disco). A adoção de medidas preventivas e a manutenção de um estilo de vida saudável são essenciais para minimizar esse risco.
Hérnia de disco é classificada sob o código M51.
A hérnia de disco é uma condição tratável, que requer atenção e cuidados. Com diagnóstico precoce, tratamento adequado e medidas preventivas, é possível gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Procure um médico, caso apresente os sintomas.
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